terça-feira, 29 de maio de 2012

Grécia - Parte I

Sempre sonhei em conhecer a Grécia. Queria, inclusive, esticar até a Turquia, mas tive medo de ir sozinha. Mas as minhas aventuras na terra de Afrodite foram muitas...
Primeiro, a chegada, às 22h em Atenas (já avisei aqui: evitem comprar passagens para voar à noite, mesmo o preço sendo mais barato). Estava cansada, ainda de ressaca e tudo que eu queria era pegar um táxi e ir pro hostel. Na saída, vi uma fila de táxis parados, mas... sem motoristas! Fiquei ali que nem uma pateta, esperando aparecer alguém e nada... Chegou uma senhora inglesa perto de mim e exclamou: "Ah, não... greve de novo?". Eu nunca tinha visto greve de táxis. Essa senhora me explicou que o filho dela, que morava lá, ficou de buscá-la no aeroporto, mas não apareceu.
 As opções para chegar até Atenas? Limusine ou busão. Mas como eu ia pegar um ônibus àquela hora, descer numa praça e procurar meu albergue? Pânico é pouco pra descrever o que eu senti! A inglesa, inclusive, não ia pra Atenas, mas pra uma cidade vizinha. Fomos pra fila do ônibus e, pouco antes de comprarmos os bilhetes, o filho dela aparece! Foram outros anjos da guarda. Por coincidência, o rapaz tinha uma loja ao lado do meu albergue e me deixou lá, na porta. Ufa!
O hostel (que custou 10 euros a diária) fedia. Pero es lo que hay... Cheguei ao quarto, no terceiro andar sem elevador e descobri que as camas não estavam forradas. Aquele colchão caindo aos pedaços, nada de travesseiro... a sorte foi que minha companheira de quarto tinha um lençol sobressalente e me emprestou, me cobri com a toalha e fiz uma trouxa de roupa suja de travesseiro. Apaguei.

No dia seguinte acordei e tudo que eu queria era um banho. Me dirigi ao banheiro coletivo e - ué, que estranho - não vi chuveiro. Subi um andar, desci outro... cadê? Isso mesmo, não tinha chuveiro! O que existia era uma espécie de box, sem portas, com uma torneira que ficava na altura do umbigo. Gzuis amado! Lá vou eu tomar banho agachada, parecendo uma rã... Fiz o check-out, desejando nunca mais passar na porta daquele muquifo, e deixei minha mochila na loja do meu novo amigo que me salvou no aeroporto.
Fui me perder pela cidade - literalmente - enquanto meu barco pras ilhas não saía. Pedir informação em Atenas? Esquece. Eles não falam inglês e, quando não te viram a cara, são solícitos até demais. Fiquei andando em círculos tentando chegar na Acrópole, mas não consegui. Peguei minha mochila e o novo amigo me colocou num ônibus pro porto. Chegando lá, cadê meu passaporte??? Revirei tudo e não achava. Quando estava prestes a sentar no meio-fio e chorar, lembrei de ligar pro albergue. Estava lá, na recepção! O cara disse que guardaria até eu voltar (ia passar mais um dia em Atenas na volta) e que eu não precisava dele pra pegar o barco. Ok, fui embora sem lenço(l) nem documento.

Nenhum comentário:

Postar um comentário