quinta-feira, 31 de maio de 2012

Grécia - Parte II

No último post eu contei sobre minha chegada a Atenas - que eu acabei sem conhecer - e à noite embarquei para as ilhas. Como estava pobrinha, comprei a passagem mais barata e fui enfrentar 8h de viagem pelo mar Egeu até Mykonos. No convés. Apreciei o por-do-sol e fui procurar um locker pra guardar minha mochila e, surpresa! - tudo lotado. O jeito era estender a canga no chão e "dormir" abraçada com a mochila. Um friiiio do cão! Óbvio que na manhã seguinte eu estava toda torta. Sorte que tinha um moço no porto segurando uma plaquinha com meu nome e me levou pro hotel (que na verdade era um camping com bangalôs).
Eu escolhi esse lugar porque li um pouco sobre e diziam que era o "point" de lá, mucha fiesta e tal... Só que eu comecei minha viagem em agosto e já estávamos no finalzinho de setembro - yes, a temporada já tinha acabado. O hotel estava quase às moscas e não ficava perto do centro. Enquanto estou fazendo o check-in, aparece um jamaicano loco loco loco e começa a bater papo. Tava engraçado, porque eu não entendia nada do que ele dizia e só sorria e acenava, sorria e acenava... Fui pro meu bangalô tirar uma soneca (não dormi nada na viagem) e quando acordei já estava escurecendo. Na recepção me disseram que o centro estava distante, mas que lá no hotel havia um restaurante/bar. Perdi o dia, fazer o que?
 O local era enorme, na beira da piscina. No verão devia ser uma festa só, mas com o fim da temporada vi umas duas ou três  mesas ocupadas. Sentei no balcão, pedi uma bebida, um sanduíche e quem aparece de novo? O jamaicano doidão. Como eu tinha sido simpática mais cedo, ele já se achava meu amigo. Conversamos, até que começou a esfriar  bastante e eu quis voltar pro quarto; não queria perder mais um dia de praia. Ele se ofereceu pra me acompanhar e foi a deixa pro cara vir pra cima de mim! Aimeujesuscristinho! Tentei me desvenciliar de todas as formas, até que disse que só ia no quarto pegar um casaco e voltaria. Entrei e me tranquei lá dentro! Pra quê? Esse homem ficou doido, começou a bater insistentemente na porta, na janela... e ninguém da recepção, a sei lá quantos metros de distância, ouvia. Óbvio que não tinha telefone no quartinho e meu celular não funcionava. Ele só parou quando eu disse que ia ligar pra polícia.
No dia seguinte corri pra recepção e contei o que tinha acontecido. O cara me perguntou se eu queria mesmo que ele chamasse a polícia e eu disse que não, mas que desse uma dura ou expulsasse aquele doido tarado de lá. Pela terceira vez eu senti medo por ser mulher, brasileira e estar viajando sozinha, mas não seria a última...

Os outros dias em Mykonos foram tranquilos. Curtia praia durante o dia - mesmo com um vento gelado e uma água mais gelada ainda, cheia de peixes que não param de ter beliscar - e passeava pela cidadezinha, sem mapa, sem rumo. À noite, ainda traumatizada com o jamaicano (que foi convidado a ser retirar de lá), ficava trancada no quarto, lendo. A ilha é linda, com aquelas casinhas brancas, flores nas janelas, várias lojinhas de souvenirs, vários casais apaixonados (a maioria gay, óbvio) e paisagens de tirar o fôlego. Mas era hora de partir pra Ios, outra ilha mais próxima - tive que deixar Santorini de fora por causa da falta de tempo mesmo. E aí começa a última parte das Aventuras de Joana nas terras de Zeus & cia...

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